"Le sujet supposé savoir qu’est l’analyste dans le transfert ne l’est pas supposé à tort s’il sait en quoi consiste l’inconscient d’être un savoir qui s’articule de lalangue, le corps qui la parle n’y étant noué que par le réel dont il se jouit. Mais le corps est à comprendre au naturel comme dénoué de ce réel qui, pour y exister au titre de faire sa jouissance, ne lui reste pas moins opaque. Il est l’abîme moins remarqué de ce que ce soit lalangue qui, cette jouissance, la civilise si j’ose dire, j’entends par là qu’elle la porte à son effet développé, celui par lequel le corps jouit d’objets dont le premier, celui que j’écris du petit a, est l’objet même, comme je le disais, dont il n’y a pas d’idée, d’idée comme telle, j’entends, sauf à le briser, cet objet, auquel cas ses morceaux sont identifiables corporellement et, comme éclats du corps, identifiés."
LACAN, J. La troisième: intervention au congrès de Rome, 1974. Lettres de l’École Freudienne, n° 16, 1975.
"Je fais lalangue parce que ça veut dire lalala, la lallation, à savoir que c’est un fait que très tôt l’être humain fait des lallations, comme ça, il n’y a qu’à voir un bébé, l’entendre, et que peu à peu il y a une personne, la mère, qui est exactement la même chose que lalangue, à part que c’est quelqu’un d’incarné, qui lui transmet lalangue."
LACAN, J. Conférence donnée au Centre culturel français le 30 mars 1974, suivie d’une série de questions préparées à l’avance, en vue de cette discussion, et datées du 25 mars 1974. Parue dans l’ouvrage bilingue : Lacan in Italia 1953-1978. En Italie Lacan, Milan, La Salamandra, 1978, pp. 104-147
Uau acho incrivel a Diamanda! Os dois videos me inspiram Gus, valeu!
ResponderExcluirOlha só, ontem estava escutando um grupo noise japonês e fiquei tentando perceber se existe alguma logica em meio a tanto barulho, enfim o que essas pessoas "seguem" qdo aparentemente não existe nenhuma lógica pra seguir. talvez a velocidde de imagens mentais seja tão veloz, não-linear que se faz realmente necessario articular sons de um outro. Ou ainda nada de imagens mentais, mas somente uma frequencia, repetitiva, estentida, não importa, os agudos da Diamanda são isso pra mim!
o grupo de noise que falei chama-se acid mothers temple, veja um vídeo :
http://www.youtube.com/watch?v=UhGjgPM19m4&feature=related
Ótimo! Eu tinha ouvido essa banda faz um tempo e não conseguia lembrar o nome.
ResponderExcluirEntão, isso da lógica, eu acho que não é uma lógica cotidiana, do tipo "agora vou fazer isso por tal motivo". Tem um encadeamento de coisas, de ações, de eventos, sei lá, que acompanha uma lógica inconsciente. Acho que em algum momento ou outro entra um pensamento técnico, tipo "to fodendo a minha garganta, melhor eu descer o tom um pouco", e em alguma medida as imagens mentais devem produzir coisas.
Mas a lógica cotidiana entra mais na produção e na incorporação da técnica do que na realização. Sei lá, tipo você trabalha com dança. Se você vai dançar na balada, você não pensa em produzir um estado específico, ou em utilizar imagens mentais pra se mover. Mas, em alguma medida, enquanto tá se movendo, tem um treino que vai te segurar se você for fazer algo que te machuque, ou que machuque alguém em volta. Porque durante muito tempo você orientou o teu pensamento pra anatomia, pra orientação espacial, etc.
Agora, por exemplo, eu to trabalhando com as duas coisas. Com um texto bem elaborado e decoradinho, som por som, e com momentos em que eu libero esse fluxo e vejo no que dá. Acho que pode ser legal levar as duas coisas pra cena. Mas ainda to muito perdido quanto à dramaturgia. Enfim.
Acho que a dramaturgia vai levar um tempinho pra surgir, pois tudo isso de seguir fluxos, impulsos e o escambau ficam meio contra gerar prematuramente uma dramaturgia. Sei lá vai ser diferente. E que dramaturgia será a melhor... anota coisas agora e pensa nisso depois, agora vai cortar teu fluxo! Pra mim é assim, pelo menos.
ResponderExcluirEntão nessa listinha pra tentar dar outros nomes a tal lógica inconsciente pra mim entra FLUXOS, IMPULSOS, FREQUENCIA, LOOPINGS, EQUALIZACOES e PASSAGENS.